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sexta-feira, 1 de junho de 2012

Saiba mais sobre Givenchy: A Realeza da Moda

Logotipo da Maison. Foto: Google Images


O estilista Hubert-James Marcel-Taffin Givenchy nasceu no dia 21 de fevereiro de 1927 na cidade francesa de Bauvais. Filho do marquês Lucien Taffin de Givenchy e de Béatrice de Givenchy, seu avô dirigia uma oficina de tapetes na cidade. Muito cedo ele já demonstrava seu interesse pela moda. Aos dez anos, ao visitar uma exposição de figurinos dos mais famosos estilistas franceses, ele se identificou imediatamente com o universo luxuoso da alta-costura, contrariando o sonho de seus pais, que queriam vê-lo advogado. Não houve tempo para o Direito. Aos 17 anos ele foi direto para a Escola de Belas Artes de Paris e trabalhou com grandes nomes da moda - foi assistente de Jacques Fath, Robert Piguet (em 1946), Lucien Lelong, ao lado de Pierre Balmain e Christian Dior, e, mais tarde, em 1949, braço direito de Elsa Schiaparelli. 

Monsieur Hubert de Givenchy na década de 80 segurando uma de suas fragrâncias. Foto: Google Images


Abriu sua própria maison em fevereiro de 1952, localizada no número 8 da rue Alfred de Vigny, na Monceau Plain, a oeste de Paris, e o reconhecimento foi quase imediato, fazendo soprar um vento de renovação, adaptado às novas exigências das elegantes em viagem, após anos de um monopólio quase absoluto de Dior e seu New Look. Muitas das criações de Givenchy eram feitas com tecido de camisaria.

Blusa Bettina. Foto: Google Images


Em sua primeira coleção apresentou a blusa Bettina, uma homenagem à modelo Bettina Graziani, nome da sua principal modelo e também relações públicas da marca, e que foi uma de suas criações de maior sucesso. A blusa tinha a gola larga e aberta, e mangas que terminavam em babados de bordado inglês. Com este sucesso, a fama de Givenchy se consolidou. Suas criações eram luxuosas e com estilo, com nítida influência do estilista espanhol Cristóbal Balenciaga, e Givenchy jamais negou que o trabalho de Balenciaga o inspirava. Balenciaga e Givenchy se conheceram em 1953 e foram amigos até a morte do estilista espanhol, em 1972. 

Criações de Givenchy da década de 50. Foto: Google Images


Foi também em 1953 que Hubert de Givenchy conheceu a sua musa inspiradora, a atriz Audrey Hepburn, e passou a criar modelos para seus filmes, como Sabrina (1954) e Cinderela em Paris (1957). O filme Sabrina ganhou o Oscar de melhor figurino, assinado por Edith Head - a designer mais requisitada de Hollywood na época -, a qual não deu o devido crédito a Givenchy pelo famoso vestido de baile, usado por Audrey Hepburn no filme. Em resposta, a atriz exigiu que, em seus próximos filmes todo seu guarda-roupa fosse todo feito pelo estilista francês. Mas a imagem mais inesquecível da atriz norte-americana é a do filme Bonequinha de luxo, de Blake Edwards (1961), com um vestido preto longo, piteira e colar de pérolas.

Audrey Hepburn em sua pose mais famosa vestindo Givenchy. Foto: Google Images


Durante os anos 50, ele criou vários modelos de vestidos “chemisier”, na forma saco, largos na parte superior e afunilando-se em direção à bainha. Também fez muito sucesso com a criação de peças independentes e coordenáveis - pois, até então, blusas e saias (ou calças) só podiam ser usadas como um conjunto - e com as suas famosas blusas de tecidos de camisas. Givenchy foi o primeiro estilista de alta-costura a apresentar uma coleção de prêt-à-porter feminino, além de ter investido muito na perfumaria, com uma série de fragrâncias  que se tornaram icônicas.

Fragrâncias clássicas da marca: Le De, L'Interdit e Gentlemen Givenchy. Foto: Google Images


Sete anos após a marca ter sido vendida para a Louis Vuitton, o estilista francês se despediu das passarelas em 11 de julho de 1995 com um desfile para poucos, sob os aplausos de toda sua equipe e dos mais importantes estilistas do mundo sentados na primeira fila. Após a saída de Monsieur Hubert, três jovens estilistas ingleses passaram pela marca: John Galliano, Alexander McQueen e Julien McDonald, sendo que atualmente é o italiano Riccardo Tisci quem mantém viva a tradição, o requinte e principalmente o prestígio dessa que é uma das maiores grifes da alta costura. 

De cima para baixo, da esquerda para a direita: John Galliano, Alexander McQueen, Julien McDonald e Riccardo Tisci. Foto: Google Images


Porque como dizia o próprio Givenchy, “Sucesso não é prestígio. O sucesso é passageiro, o prestígio é outro assunto. Ele persiste depois da gente. É preciso trabalhar para não ter trabalhado em vão”. 






* Este texto foi compilado e adaptado para este blog a partir do texto encontrado no endereço http://mundodasmarcas.blogspot.com.br/2006/07/givenchy-o-mestre-do-mundo-fashion.html

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